A luta

Lutar não é apenas seguir um caminho e ir em frente...é passar pelas armadilhas, lutar contra imperadores, matar leões apenas com uma pedra...E principalmente, evoluir dia após dia...
Marcius Fuchs

Comentem!!!

Fiéis leitores e leitoras!!! Faço meus textos para instigar o debate, então comentem, para debatermos todas as divergências que surgirão a partir da leitura!!! e tbm toda crítica, seja ela positiva ou negativa, é sempre bem vinda!!!!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Trabalhadores de todo o mundo, foi Natal!!!!!!!!!

Então foi natal. Será ano novo em breve. Todas as famílias, as que têm condições, reuniram-se na casa de alguém, comeram suas ceias, fizeram amigo secreto, trocaram presentes, as crianças ficaram felizes, os doces das festas deveriam estar ótimos, e além de tudo, mais uma vez, deve ter sido muito bom se reunir com a família e amigos, e é muito bom mesmo.

Porém, todos esqueceram do que estava, e ainda está, em seu redor, até os mais religiosos se esqueceram que esta data é para comemorar o nascimento do menino Jesus (por mais que eu não acredite). Ainda vivemos em uma sociedade capitalista, onde a lógica é o lucro máximo, na exploração do homem pelo homem, em uma luta de classes incansável e cotidiana.

Hoje há duas classes, a Classe Burguesa, ou capitalista (como queiram chamar), a qual possui os meios de produção, e a classe trabalhadora, que vende sua força de trabalho para atender suas condições básicas. O capitalismo, para ser o capitalismo, precisa estar sempre em expansão, o objetivo é atingir o lucro máximo, seja como for, nem que para isso tenha que deixar milhões de pessoas passando fome. Caso o capital não atinja esse lucro máximo, mesmo que lucre, mas não lucre mais que anteriormente, ele entra em crise, como estamos vivendo, e lógico que, o capital sempre passa por crises cíclicas, nessa em que estamos, até o final de 2009, há uma estimativa de vinte milhões de novos desempregados no mundo! Vinte milhões! E tu sabes o motivo do desemprego?

Bom, como eu relatei anteriormente, o trabalhador, para conseguir viver e atender suas condições básicas, ele vende sua força de trabalho, que é uma mercadoria como qualquer outra, e o preço de qualquer mercadoria se dá por duas constantes, a oferta, e a procura. Quanto mais se oferece, mais barata ela ficará, quanto mais se procura, mais cara ficará. Então, para manter essa força de trabalho com um preço mais baixo, o capital necessita de um exército de reserva de trabalhadores, os desempregados! O desemprego não existe pelo motivo de ser algo errado, ele existe para atender uma demanda do Capital, logo o que é errado é o capitalismo! Hoje nessa crise, o desemprego está aumentando para a grande burguesia atingir o lucro máximo de maneira mais fácil!

Assim, podemos constatar que, a classe trabalhadora não é só o trabalhador que tem seu trabalho, ela também é dos desempregados, por isso duas classes, uma que oprime, e outra que é oprimida! Sabe qual a diferença do trabalhador de hoje e o escravo? O escravo pertencia a uma pessoa e ganhava comida para ter condições mínimas para poder trabalhar quinze horas por dia, e o trabalhador pertence a uma classe, a capitalista, ele apenas escolhe, quando tem condições de escolha, para quem trabalhar, e recebe um salário (nome dado ao preço da força de trabalho), então é essa a tão “citada” “liberdade do homem” pelos liberais.

É muito engraçado, é nessa época do ano , se aproveitando da boa vontade natalina do povo, que vemos muitas campanhas sociais democratas, como doações de brinquedos, de cestas básicas, e balinhas do Papai Noel, fazendo essas pessoas se esquecerem por alguns minutos em que realidade estão, e instigando a classe ficar parada. Temos sim que diminuir o sofrimento da classe trabalhadora, porém quando formos “doar” (dar esmolas) algo, temos que conscientizá-las do motivo de estarem sem comida, sem brinquedo, sem casa, sem terra, sem trabalho, muitas quase sem vida, e mostrar que só acabaremos com isso com a transformação da sociedade por inteira. Por mais que eu não acredite em Deus, tem uma parte da bíblia que é muito interessante que fala em ensinar a pescar, e não dar o peixe, e é de uma maneira mais aprofundada que temos que trabalhar com a consciência de classes.

A contradição está posta diariamente, afirmo que muitas vezes muitos militantes, inclusive eu, entram em contradição, porém o que supre isso é nossa militância cotidiana, que organizada dá meios para a superação do capital. O bacalhau que minha prima preparou para a janta de Natal estava perfeito, comi muito, porém sabendo que muitas pessoas não têm nem uma migalha de pão para comer na noite de natal, isso pelo interesse dos grandes burgueses, e não adianta dar, pois uma hora acaba, e a realidade volta a tomar a vida dessas pessoas, muitas vezes até pior. Essa é a diferença, pois temos que saber em que mundo estamos, como ele funciona, para falar para a sociedade como superar o capital.

A força de trabalho é a única mercadoria que pode produzir algo de um preço mais elevado que ela, e daí que sai a mais-valia (valor que o trabalhador produz, mas vai para os bolsos do capitalista). Há muito tempo atrás o trabalho era voltado para as demandas da sociedade, e todas as relações sociais eram ligadas ao trabalho, inclusive o lazer. Naquela época só se caçava e plantava apenas o necessário para matar a fome da sociedade, roupas eram feitas, mas também apenas para suprir a necessidade do povo, vivíamos no chamado “comunismo” primitivo. Porém, com o tempo, a sociedade foi crescendo, e o trabalho foi dividido em, intelectual e manual, ou seja, uns mandavam e outros faziam, a partir daí começou a dar meios da exploração do homem pelo homem. Cercas começaram a ser postas em volta de pedaços de terra para demarcar “propriedades”, a educação só era feita para as famílias daqueles que mandavam, enquanto os outros trabalhavam, e foi evoluindo a tal ponto que estamos no que é hoje.

O natal pode ter sido muito bom para alguns, mas para a maioria da população mundial não deve ter sido muito bom não, ainda mais com a crise do capital que está colocando muitos trabalhadores na rua, deixando muitas famílias a mercê de muitos problemas sociais.
Eu, como estudante, tenho um papel muito importante para a superação dessa sociedade, um papel que todos os estudantes têm, pois sozinho não faço quase nada. Eu estou estudando, meus colegas e muitos outros estudantes também, oportunidade que poucos têm, o capitalismo necessita de uma sociedade “alienada” para poder continuar vivo, e mesmo os que estudam só têm condições de ter uma formação crítica se correrem atrás, coisa que para o capital não é muito boa. Não se engane, a educação também é voltada para as demandas do capital, só sabemos disso se sairmos dos muros das instituições de ensino, procurando uma formação crítica. Por estarmos estudando, temos meios para uma intelectualidade que é necessária ser passada para aqueles que não estão dentro de uma escola ou universidade, e só faremos isso nos organizando em nossos diretórios acadêmicos, executivas e federações de curso, entre outros meios de organização, que devem fazer o link com a sociedade, e trabalhar arduamente com a classe, mostrando os caminhos a serem percorridos.

O pensamento de toda sociedade, é concerteza o pensamento da classe dominante, que impõe uma moral para permanecer no status quo, ou seja, deixar a essência do mundo como está, sem transformação social. Por isso temos que romper com essa moral, organizar a classe, principalmente em tempos de crise que o capital está mais enfraquecido e a superação pode ser alcançada. Nosso papel histórico é disputar essas consciências e formá-las em revolucionárias, só assim conseguiremos organizar a classe, e com a mesma organizada conseguiremos atingir um mundo sem opressões, onde a exploração do homem pelo homem acabará, onde nos veremos como irmãos mais próximos, onde o trabalho será para a sociedade e não para o que enriquece explorando o mesmo. Assim, lutando muito, tomando as ruas e palácios, abalando as estruturas capitalistas, pressionando dirigentes, conseguiremos chegar à sociedade tão sonhada, onde o natal será de todos, onde seremos socialmente iguais, e claro que humanamente diferentes, em uma sociedade comunista.

Saudações socialistas para todos que lutam e aqueles que têm uma consciência de classe, mas que não tomou as ruas ainda, mas que concerteza tomarão, para toda a classe junta, superar o capitalismo de maneira digna e coletiva.

Classe trabalhadora de todo o mundo, é hora de nos unirmos!

Marcius Minervini Fuchs



clique na imagem para vê-la maior :)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Burguês come, trabalhador passa fome

O trabalhador, trabalha
O trabalhador, constrói casas
O trabalhador planta
O trabalhador colhe
O trabalho move a sociedade

O burguês manda
O burguês mora
O burguês come
O burguês descansa e toma banho em seu latifúndio
Mas o burguês não trabalha

Enquanto uns comem
Uns passam fome
Enquanto uns se aquecem
Outros morrem de frio

O trabalhador constrói
Mas não usa
O trabalhador planta
Mas não come
O trabalhador serve
E o burguês, enriquece.





Marcius Minervini Fuchs