O que será, o que será?
Em Abril, do ano passado, o atual governo decretou o projeto que institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – o REUNI, “Decreto n°
Agora, o que esse “Apoio” pode ocasionar nas universidades federais? Analisando o projeto vêem-se as suas deficiências, como por exemplo, aumentar em curto prazo de tempo as vagas, sem contratação significante de professores, assim, as aulas virando palestras, os professores trabalhando o dobro, sem reajuste salarial, as pesquisas perderão seu valor, sem falar que além dessas aulas palestradas, a taxa de conclusão terá que aumentar, assim, os alunos passando sem uma real avaliação e aprendizagem.
O dinheiro que o governo “promete” nesse decreto é de apenas 20%, ou como diz no projeto, “de no máximo 20 %”. Essa verba pode vir, como pode vir menos do que o programa prevê, ou até não vir. Para que as Universidades possam receber esse acréscimo orçamentário, elas têm que cumprir com as metas do REUNI, caso o contrário, não recebem nada, e mesmo que recebam o bolo orçamentário pode até aumentar, mas as fatias diminuirão.
Lutas foram travadas contra essa reforma, professores, estudantes e funcionários de todo o Brasil lutaram. Foram mobilizadas 15 ocupações pelo país inteiro, porém o governo usou suas armas, como policiamento federal nas reitorias e prédios retirando os estudantes pela força sem argumentos significativos, usufruiu de Hospitais Universitários para a votação do projeto para os acadêmicos não poderem se manifestar, interditos proibitórios ferindo nossa constituição, e tantas outras coisas, tanto que no dia 21 de Dezembro de
E agora, o que será das nossas universidades? Agora nosso papel estudantes de todo o País, não é se entregar pelo fato do Governo ter ganho mais essa batalha, e sim, analisar e denunciar todos os males que o REUNI ocasionará nas nossas Universidades, pois mais reformas virão, e o nosso papel é barrá-las, para podermos continuar lutando por uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, e ganharmos a guerra!
Marcius Fuchs