A luta

Lutar não é apenas seguir um caminho e ir em frente...é passar pelas armadilhas, lutar contra imperadores, matar leões apenas com uma pedra...E principalmente, evoluir dia após dia...
Marcius Fuchs

Comentem!!!

Fiéis leitores e leitoras!!! Faço meus textos para instigar o debate, então comentem, para debatermos todas as divergências que surgirão a partir da leitura!!! e tbm toda crítica, seja ela positiva ou negativa, é sempre bem vinda!!!!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Trabalhadores de todo o mundo, foi Natal!!!!!!!!!

Então foi natal. Será ano novo em breve. Todas as famílias, as que têm condições, reuniram-se na casa de alguém, comeram suas ceias, fizeram amigo secreto, trocaram presentes, as crianças ficaram felizes, os doces das festas deveriam estar ótimos, e além de tudo, mais uma vez, deve ter sido muito bom se reunir com a família e amigos, e é muito bom mesmo.

Porém, todos esqueceram do que estava, e ainda está, em seu redor, até os mais religiosos se esqueceram que esta data é para comemorar o nascimento do menino Jesus (por mais que eu não acredite). Ainda vivemos em uma sociedade capitalista, onde a lógica é o lucro máximo, na exploração do homem pelo homem, em uma luta de classes incansável e cotidiana.

Hoje há duas classes, a Classe Burguesa, ou capitalista (como queiram chamar), a qual possui os meios de produção, e a classe trabalhadora, que vende sua força de trabalho para atender suas condições básicas. O capitalismo, para ser o capitalismo, precisa estar sempre em expansão, o objetivo é atingir o lucro máximo, seja como for, nem que para isso tenha que deixar milhões de pessoas passando fome. Caso o capital não atinja esse lucro máximo, mesmo que lucre, mas não lucre mais que anteriormente, ele entra em crise, como estamos vivendo, e lógico que, o capital sempre passa por crises cíclicas, nessa em que estamos, até o final de 2009, há uma estimativa de vinte milhões de novos desempregados no mundo! Vinte milhões! E tu sabes o motivo do desemprego?

Bom, como eu relatei anteriormente, o trabalhador, para conseguir viver e atender suas condições básicas, ele vende sua força de trabalho, que é uma mercadoria como qualquer outra, e o preço de qualquer mercadoria se dá por duas constantes, a oferta, e a procura. Quanto mais se oferece, mais barata ela ficará, quanto mais se procura, mais cara ficará. Então, para manter essa força de trabalho com um preço mais baixo, o capital necessita de um exército de reserva de trabalhadores, os desempregados! O desemprego não existe pelo motivo de ser algo errado, ele existe para atender uma demanda do Capital, logo o que é errado é o capitalismo! Hoje nessa crise, o desemprego está aumentando para a grande burguesia atingir o lucro máximo de maneira mais fácil!

Assim, podemos constatar que, a classe trabalhadora não é só o trabalhador que tem seu trabalho, ela também é dos desempregados, por isso duas classes, uma que oprime, e outra que é oprimida! Sabe qual a diferença do trabalhador de hoje e o escravo? O escravo pertencia a uma pessoa e ganhava comida para ter condições mínimas para poder trabalhar quinze horas por dia, e o trabalhador pertence a uma classe, a capitalista, ele apenas escolhe, quando tem condições de escolha, para quem trabalhar, e recebe um salário (nome dado ao preço da força de trabalho), então é essa a tão “citada” “liberdade do homem” pelos liberais.

É muito engraçado, é nessa época do ano , se aproveitando da boa vontade natalina do povo, que vemos muitas campanhas sociais democratas, como doações de brinquedos, de cestas básicas, e balinhas do Papai Noel, fazendo essas pessoas se esquecerem por alguns minutos em que realidade estão, e instigando a classe ficar parada. Temos sim que diminuir o sofrimento da classe trabalhadora, porém quando formos “doar” (dar esmolas) algo, temos que conscientizá-las do motivo de estarem sem comida, sem brinquedo, sem casa, sem terra, sem trabalho, muitas quase sem vida, e mostrar que só acabaremos com isso com a transformação da sociedade por inteira. Por mais que eu não acredite em Deus, tem uma parte da bíblia que é muito interessante que fala em ensinar a pescar, e não dar o peixe, e é de uma maneira mais aprofundada que temos que trabalhar com a consciência de classes.

A contradição está posta diariamente, afirmo que muitas vezes muitos militantes, inclusive eu, entram em contradição, porém o que supre isso é nossa militância cotidiana, que organizada dá meios para a superação do capital. O bacalhau que minha prima preparou para a janta de Natal estava perfeito, comi muito, porém sabendo que muitas pessoas não têm nem uma migalha de pão para comer na noite de natal, isso pelo interesse dos grandes burgueses, e não adianta dar, pois uma hora acaba, e a realidade volta a tomar a vida dessas pessoas, muitas vezes até pior. Essa é a diferença, pois temos que saber em que mundo estamos, como ele funciona, para falar para a sociedade como superar o capital.

A força de trabalho é a única mercadoria que pode produzir algo de um preço mais elevado que ela, e daí que sai a mais-valia (valor que o trabalhador produz, mas vai para os bolsos do capitalista). Há muito tempo atrás o trabalho era voltado para as demandas da sociedade, e todas as relações sociais eram ligadas ao trabalho, inclusive o lazer. Naquela época só se caçava e plantava apenas o necessário para matar a fome da sociedade, roupas eram feitas, mas também apenas para suprir a necessidade do povo, vivíamos no chamado “comunismo” primitivo. Porém, com o tempo, a sociedade foi crescendo, e o trabalho foi dividido em, intelectual e manual, ou seja, uns mandavam e outros faziam, a partir daí começou a dar meios da exploração do homem pelo homem. Cercas começaram a ser postas em volta de pedaços de terra para demarcar “propriedades”, a educação só era feita para as famílias daqueles que mandavam, enquanto os outros trabalhavam, e foi evoluindo a tal ponto que estamos no que é hoje.

O natal pode ter sido muito bom para alguns, mas para a maioria da população mundial não deve ter sido muito bom não, ainda mais com a crise do capital que está colocando muitos trabalhadores na rua, deixando muitas famílias a mercê de muitos problemas sociais.
Eu, como estudante, tenho um papel muito importante para a superação dessa sociedade, um papel que todos os estudantes têm, pois sozinho não faço quase nada. Eu estou estudando, meus colegas e muitos outros estudantes também, oportunidade que poucos têm, o capitalismo necessita de uma sociedade “alienada” para poder continuar vivo, e mesmo os que estudam só têm condições de ter uma formação crítica se correrem atrás, coisa que para o capital não é muito boa. Não se engane, a educação também é voltada para as demandas do capital, só sabemos disso se sairmos dos muros das instituições de ensino, procurando uma formação crítica. Por estarmos estudando, temos meios para uma intelectualidade que é necessária ser passada para aqueles que não estão dentro de uma escola ou universidade, e só faremos isso nos organizando em nossos diretórios acadêmicos, executivas e federações de curso, entre outros meios de organização, que devem fazer o link com a sociedade, e trabalhar arduamente com a classe, mostrando os caminhos a serem percorridos.

O pensamento de toda sociedade, é concerteza o pensamento da classe dominante, que impõe uma moral para permanecer no status quo, ou seja, deixar a essência do mundo como está, sem transformação social. Por isso temos que romper com essa moral, organizar a classe, principalmente em tempos de crise que o capital está mais enfraquecido e a superação pode ser alcançada. Nosso papel histórico é disputar essas consciências e formá-las em revolucionárias, só assim conseguiremos organizar a classe, e com a mesma organizada conseguiremos atingir um mundo sem opressões, onde a exploração do homem pelo homem acabará, onde nos veremos como irmãos mais próximos, onde o trabalho será para a sociedade e não para o que enriquece explorando o mesmo. Assim, lutando muito, tomando as ruas e palácios, abalando as estruturas capitalistas, pressionando dirigentes, conseguiremos chegar à sociedade tão sonhada, onde o natal será de todos, onde seremos socialmente iguais, e claro que humanamente diferentes, em uma sociedade comunista.

Saudações socialistas para todos que lutam e aqueles que têm uma consciência de classe, mas que não tomou as ruas ainda, mas que concerteza tomarão, para toda a classe junta, superar o capitalismo de maneira digna e coletiva.

Classe trabalhadora de todo o mundo, é hora de nos unirmos!

Marcius Minervini Fuchs



clique na imagem para vê-la maior :)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Burguês come, trabalhador passa fome

O trabalhador, trabalha
O trabalhador, constrói casas
O trabalhador planta
O trabalhador colhe
O trabalho move a sociedade

O burguês manda
O burguês mora
O burguês come
O burguês descansa e toma banho em seu latifúndio
Mas o burguês não trabalha

Enquanto uns comem
Uns passam fome
Enquanto uns se aquecem
Outros morrem de frio

O trabalhador constrói
Mas não usa
O trabalhador planta
Mas não come
O trabalhador serve
E o burguês, enriquece.





Marcius Minervini Fuchs


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Criminalização aos movimentos de luta

Voltamos a repressão ditatorial

Os Movimentos Sociais de luta são compostos por pessoas que, de alguma forma, são contrários à ordem vigente, confrontando-se assim com a concepção hegemônica de mundo. Compreendem que a construção de um novo homem é possível e “movimentam-se na sociedade” para explicitar seus projetos de cidade, campo, estado, país e mundo!
Neste ano, pudemos ver atos de repressão e de criminalização a movimentos sociais, parecendo-se em caráter e em truculência com os tempos idos da ditadura brasileira de 1964. Tais atrocidades foram vistas nos últimos atos públicos, marchas e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina, no Rio Grande do Sul. Só no mês de Junho, duas mobilizações da via campesina foram reprimidas com violência, e dois acampamentos, em áreas cedidas ao MST, foram despejados e acompanhados da destruição de escolas, plantações e criações de animais no norte do estado Gaúcho. A Brigada Militar (policia do estado do RS) utilizou de violência e opressão, resultando em pancadaria, por parte da brigada, e reunião do Conselho superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul com intuito de tronar esse movimento social ilegal, classificando como formação de quadrilha, e atraso para o progresso da sociedade!
Não é de agora que essa violência aos Movimentos Sociais vem acontecendo. No ano de 2007 vimos também ocupações ocorridas em reitorias por estudantes, manifestando-se contrários a reforma universitária, e ao REUNI, entre suas pautas regionais. Muitas dessas ocupações acabaram com prisões e agressões por parte da polícia, tratando mais uma vez, militantes, que lutam por uma universidade pública gratuita e de qualidade, como bandidos, como criminosos.
No ato: “Fora Yeda” puxado pela Via Campesina, tendo como pauta: “Fora a corrupção do estado e essas políticas de implantação das transnacionais para sugar a vida de nossa terra só para o bem dos opressores”. O governo – com seus braços armados da PM – utilizou armas, gás lacrimogêneo (até em crianças), balas de borracha e os costumeiros cacetetes, transformando um ato pacífico dos movimentos de luta em um ato de violência do governo. Na ocupação a reitoria da UFBA em 2007, não foi diferente, onde estudantes manifestavam-se contra os decretos feitos pelo atual governo federal, e mais uma vez, foi usada força e violência, em mais um ato pacífico feito pelo movimento estudantil.
Porém, os Movimentos Sociais não rebaixam suas bandeiras! Seguem reafirmando suas reinvindicações, ganhando força, apesar da repressão. A consciência de classe, o posicionamento por e pela classe trabalhadora, comprova que somos a maioria da população e que é essa classe quem sustenta o modo de produção capitalista – e que por tal motivo, deve tomar em suas mãos o poder. Como dizem os camaradas do MST: “Se o campo não planta, a cidade não come”. Se a classe trabalhadora se conscientizar e lutar por seus direitos, a classe hegemônica (burguesia) cairá, e não mais os movimentos de luta serão vistos como criminosos.
O MEEF é solidário a todos os Movimentos Sociais oprimidos e criminalizados! Somos “contra a criminalização dos movimentos sociais e em defesa de suas livres manifestações” – deliberação retirada na Plenária Final do ENEEF-08!



Obs: Este texto foi produzido para o primeiro jornalex da R6 do ano de 2008 pela atual coordenação da Regional 6 da Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física da qual faço parte!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Dança, sexualidade e educação! Um meio para a superação!

Lendo o texto “A masculinidade do homem que dança: O ensaio sobre a constituição da Identidade sexual de bailarinos.” Surgiram questões em nossas mentes, questões essas que há muitos anos vêm sendo colocadas em nossa sociedade, questões sobre gêneros e sexualidade!


A primeira questão a colocar é: O que é ser normal? Se analisarmos o contexto social de cada indivíduo, cada um tem sua idiossincrasia, assim todos somos diferentes um dos outros, ou seja, não há como colocar um padrão de normalidade considerando que há contextos sociais próprios de cada ser.

Mas em que a sociedade se baseia para construir essa normalidade? Simplesmente nos interesses da classe dominante, pois a família atual capitalista baseia-se no Capital e no lucro privado, assim existindo a família centralizada, patriarcal, usando a mulher como um mero instrumento de produção, e para sustentar essa ideologia do sistema regente, usam da educação pra manter esses padrões ditos normais pela elite. E na dança não é diferente.

Historicamente a dança se confundiu com o desenvolvimento da humanidade, sempre ligada a momentos solenes se fez presente dos rituais religiosos aos rituais de guerra dando um aumento a sua importância, não vista em outras manifestações. E com a lógica burguesa de se apropriar de culturas para fortalecer seus interesses, usou a dança para coagir ainda mais essa “família” centralizada e essa “normalidade” da sexualidade humana.

O medo de tocar e ser tocado, a vergonha de manifestar seus sentimentos, não vem da natureza humana, como muitos afirmam, e sim da repressão histórica feita por interesses de uma minoria, como no feudalismo com a Igreja, e no capitalismo pela classe capitalista. Pois o tocar e ser tocado permite uma maior liberdade de expressão, um conhecimento e controle do corpo e de sua personalidade. Essa repressão histórica vem com o intuito de fortalecer os interesses de tal elite, de ver o homem como um simples meio de produção, alienando a sociedade a fim de fazê-la apenas reproduzir.

A dança como meio de cultura corporal, e método educacional, pode ser usada como um instrumento de libertação, usada como um efeito contrário à lógica burguesa, enfatizando a liberdade de expressão a fim de haver uma manifestação sentimental a ponto de superar a repressão da heteronormatividade (termo usado para enfatizar que a heterossexualidade é o padrão de normalidade sexual), equilibrando a existência da mulher, do homem e de suas diversas sexualidades.

No filme “Billy Eliot” podemos ver essa visão de homem como apenas modo de produção, quando o pai, trabalhador de uma mina de carvão mineral, obrigava seu filho a praticar o boxe, a fim de construir um homem forte para no futuro se tornar o centro da família para poder sustentar sua existência na sociedade, pois a classe trabalhadora vende sua força de trabalho, sua mercadoria, para permanecer com sua existência como classe trabalhadora, trocando o valor de sua mercadoria pelas suas necessidades básicas de existência, como comer, tomar água, etc... Assim, a escolha do menino em dançar balé foi altamente proibida pelo seu pai, pois a educação dada em sua sociedade foi a imposta pelos padrões burgueses de sustentação ao capital, como já foi citado antes.

Roubaram nossa cultura, roubaram nossa liberdade de expressão, nosso direito de pensar, nosso direito de escolha, falta muito pouco para roubarem de vez nosso direito de viver. Dessa maneira a dança pode ser mais um instrumento para ajudar a superar as repressões feitas pela sociedade capitalista, ajudando nas práticas sociais de cada indivíduo, tornando estes sujeitos pensantes capazes de lutar por todos nossos reais direitos, principalmente nosso direito de seres humanos, da nossa existência como pessoas frutos de uma sociedade igualitária e sem preconceitos.



Texto de: Marcius Fuchs


Guilherme Lovatto



Fontes:

Filme Billy Eliot do diretor Stephen Daldry;


O manifesto do Partido Comunista de Karl Marx;


Trabalho assalariado e capital & Salário preço e lucro de Karl Marx;


A masculinidade do homem que dança: O ensaio sobre a constituição da Identidade sexual de bailarinos. Pesquisa desenvolvida pelo coletivo de pesquisadores(as) do Grupo de Estudos e Pesquisas em Diversidade Sexual, Dança e Educação Física no NUPESC/DEF/UFPR.


terça-feira, 29 de abril de 2008

Ausente!

Galera, estarei ausente por alguns dias, pois estarei no EREEF Sul ( Encontro Regional dos Estudantes de Educação Física), em Curitiba! Por isso, mais uma vez demorarei para atualizar o blog!!!
Enquanto isso leiam os textos, comentem e debatam!!!
Abraço e Força na Luta a todos e todas!!!

sábado, 19 de abril de 2008

Repressão e Alienação x Libertação!

Venho mais uma vez mostrar minha indignação a um tipo específico de repressão, a repressão aos usuários de drogas – hoje mais especificamente dos usuários de maconha. Temos que pensar bem no que causa o conflito entre direitos e interesses, expressão corporal e moralismo burguês. Para tal, devemos saber um pouco mais sobre a história da causa de toda essa repressão, e depois criticarmos.


Desde 8.000 anos antes de Cristo até o início do séc. XX, a maioria dos produtos como cordas, velas (de embarcações), tecidos em geral, eram feitos da fibra da maconha. Com pouca tecnologia para a produção de produtos oriundos da planta, ficava difícil a produção em massa. Porém, em 1916, o departamento de Agricultura dos EUA declarou que estava sendo desenvolvida uma tecnologia capaz de tornar a maconha o principal produto agrícola dos EUA.


A proibição da maconha começou nos EUA na década de 30, pois grandes indústrias têxteis, como a companhia DuPont,empresários de plástico e de papel, como do mega-milionário , e possuidor dos principais meios de comunicação do país da época, William Randolph Hearst e grandes latifundiários de algodão, estavam ameaçados frente aos seus lucros. Caso não agissem contra a planta, os grandes burgueses perderiam bilhões de dólares. Observe-se que, só na área da produção do papel, um acre de plantação da Cannabis produz a mesma quantia de papel que quatro acres de árvores desmatadas.


Além da produção de papel, a maconha é ideal para a produção do plástico, de explosivos e têxtil. Porém, a DuPont acabara de patentear a produção de plástico oriundo do petróleo. Também o nylon, com suas tecnologias altamente poluidoras, sugando ainda mais a vida do planeta, se importando com interesses mercantis e esquecendo-se das questões sociais.


Os jornais da época, pertencentes a William Hearst, começaram a fazer uma forte campanha anti-maconha, enfatizando acidentes de carros causados por usuários da erva nas páginas principais. Já os causados por bêbados ficavam em terceiro plano e nas páginas internas, começando aí a repressão.


Com o fim da lei seca, o departamento que fiscalizava o comércio ilegal de bebidas alcoólicas não teria mais finalidade. Isso geraria bastante desempregados, o governo então, aproveitando o apoio da grande burguesia, usou da situação para por em prática a lei denominada “Marijuana Tax Act”, em 1937, com o objetivo de removê-la do mercado, apesar de muitos relatórios e pesquisas feitas na época enfatizando que o uso da droga era menos danoso que muitas drogas lícitas.


Em um espaço da coluna do jornalista Fabrício Minussi do jornal A Razão de Santa Maria do dia 19 de Abril de 2008, fala sobre a falta de maconha na cidade, pois a polícia federal está apreendendo a maioria da droga, assim tendo um aumento do uso de crack e cocaína aumentando a violência.


Não estou aqui para fazer apologia, nem mesmo para falar em legalização ou instigar o uso, e sim, mostrar que pessoas que usam drogas, têm seu direito de usar, sem sofrer preconceitos ou até mesmo agressões, pois toda violência gerada, não é pelo uso como a sociedade fala, e sim pela repressão.


Pergunto, qual a diferença entre álcool e maconha? Sabemos hoje, após pesquisas, que as bebidas alcoólicas também "queimam" neorônios, e fazem muito mais danos que a erva. A cerveja pode levar aos destilados e bebidas cada vez mais danosas, como a cannabis pode levar a outras drogas mais fortes. Porém, como há pessoas que tomam sua cerveja no final de semana e sabem controlar seu uso, há aquelas que fumam seu baseado e sabem controlar o uso.


Bom, as questões são: Até quando deixaremos os interesses burgueses e seu moralismo ditar as regras de nossa sociedade? Até quando eles sugarão a liberdade de escolha e direitos de cada cidadão? Até quando nossa terra será explorada e sucateada pelos mesmos? Cada um de nós tem sã consciência do que fazemos, do que escolhemos e do que acarretará nossas escolhas. Porém a alienação e preconceitos causados por interesses de poucos, fazem com que pessoas sejam reprimidas, seja por uso de drogas, por sua escolha sexual, por sua cor e infinitas características que são vistas como “anormais” pela maioria. Como diria no rico livro “O manifesto do Partido Comunista” de K. Marx e F. Engels, o pensamento da maioria é o pensamento da classe dominante, e esse pensamento “dominante” faz o mundo cair dia após dia em um poço sem fundo! Qual é o seu papel, reprimir ou se libertar?



Marcius Minervini Fuchs


domingo, 13 de abril de 2008

Perdão fiéis leitores e leitoras!

Fiéis leitores e leitoras do Suspiro da revolução!
Gostaria de pedir desculpas pela não atualização de meu blog, mas aconteceram alguns impecílhos para que não atualizasse o mesmo, porém em breve terá um novo texto para contribuir a leitura de todos e todas!
Saudações a todos e todas, e força na Luta!!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

REUNI

O que será, o que será?

Em Abril, do ano passado, o atual governo decretou o projeto que institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – o REUNI, “Decreto n° 6.096” . Um decreto que vem nas ondas do neoliberalismo para sucatear nosso ensino a ponto de terceirizá-lo. Para tentarmos entender melhor essa situação, primeiro devemos analisar esse programa com a maior atenção.

O REUNI vem com a proposta de expandir o número de vagas em 100% com um aumento de apenas 15% dos docentes, diminuir as vagas ociosas, aumentar a taxa de alunos/professor para 18 para um ( hoje a média é de dez para um), aumentar a taxa de conclusão de curso para 90% (a taxa nacional de conclusão, hoje, é de 60%), e também prevê um acréscimo de, no máximo, 20% no orçamento de 2007 em cinco anos.

Agora, o que esse “Apoio” pode ocasionar nas universidades federais? Analisando o projeto vêem-se as suas deficiências, como por exemplo, aumentar em curto prazo de tempo as vagas, sem contratação significante de professores, assim, as aulas virando palestras, os professores trabalhando o dobro, sem reajuste salarial, as pesquisas perderão seu valor, sem falar que além dessas aulas palestradas, a taxa de conclusão terá que aumentar, assim, os alunos passando sem uma real avaliação e aprendizagem.

O dinheiro que o governo “promete” nesse decreto é de apenas 20%, ou como diz no projeto, “de no máximo 20 %”. Essa verba pode vir, como pode vir menos do que o programa prevê, ou até não vir. Para que as Universidades possam receber esse acréscimo orçamentário, elas têm que cumprir com as metas do REUNI, caso o contrário, não recebem nada, e mesmo que recebam o bolo orçamentário pode até aumentar, mas as fatias diminuirão.

Lutas foram travadas contra essa reforma, professores, estudantes e funcionários de todo o Brasil lutaram. Foram mobilizadas 15 ocupações pelo país inteiro, porém o governo usou suas armas, como policiamento federal nas reitorias e prédios retirando os estudantes pela força sem argumentos significativos, usufruiu de Hospitais Universitários para a votação do projeto para os acadêmicos não poderem se manifestar, interditos proibitórios ferindo nossa constituição, e tantas outras coisas, tanto que no dia 21 de Dezembro de 2007 a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) foi a última Universidade a aderir ao decreto, assim, 100% de adesão ao decreto n° 6.096.

E agora, o que será das nossas universidades? Agora nosso papel estudantes de todo o País, não é se entregar pelo fato do Governo ter ganho mais essa batalha, e sim, analisar e denunciar todos os males que o REUNI ocasionará nas nossas Universidades, pois mais reformas virão, e o nosso papel é barrá-las, para podermos continuar lutando por uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, e ganharmos a guerra!

Marcius Fuchs





domingo, 17 de fevereiro de 2008

Anéis Olímpicos

Uma representação falsa

Em 1913 foi criado os cinco anéis olímpicos, representando os cinco continentes unidos pelo esporte. O preto representa a África, o amarelo a Ásia, o azul a Oceania, o vermelho a América e a Europa é simbolizada pelo verde.
A representação dos cinco continentes unidos é uma idéia muito boa, porém quando se trata de esportes competitivos, de alto rendimento, poucos alcançam o mais alto patamar para poderem participar. Não há, também, uma união entre os países participantes, pois a finalidade é ganhar e deixar os outros para trás.
Os anéis olímpicos simbolizam as Olimpíadas, o maior campeonato de esportes de alto rendimento do mundo, e não da Educação Física, que tanto vem sendo estudada e que mostra a abrangência que temos como cultura corporal do movimento.
Poderiam mesmo os anéis representar só as Olimpíadas. Mas vamos pegar alguns dados de 2004, ano dos últimos Jogos, em Atenas, para analisarmos o que mais esse símbolo pode significar.
A cada cinco minutos, em 2004, morria uma criança de fome no mundo, segundo o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Mais de 100 mil pessoas morriam devido à fome todos os dias ao redor do mundo. A cada quatro minutos uma criança ficava cega por falta de vitamina A. Isso acontecia enquanto você via um dardo sendo lançado e caindo no chão, enquanto você se divertia e esquecia do mundo ao seu redor.
Mas não podemos nos esquecer que os Jogos Olímpicos também são uma representação do que é o nosso sistema hoje, onde os mais bem sucedidos conseguem tudo. Os que competem são uma parte muito pequena da população; as Olimpíadas são para as elites e poucos têm acesso a elas. E isso reflete muito a polarização das riquezas no mundo, como Marx dizia: a lei geral da acumulação capitalista implica necessariamente, ao lado da acumulação de riqueza nas mãos de cada vez mais ricos, a generalização da miséria entre os povos de todo o mundo, ou seja, cada vez menos pessoas com muita riqueza e mais pessoas na miséria.
Também não podemos esquecer as doenças que se alastravam na época, como o HIV, que contaminou 4,9 milhões de pessoas e matou 3,1 milhões. E de todos os países, a África do Sul foi o que mais sofreu com essa praga: em 2004, 6,2 milhões de sul-africanos estavam infectados com o vírus.
É comum as pessoas relacionarem os Anéis Olímpicos com a Educação Física, porém, nós não somos alienação, nós não somos só alto rendimento: nós somos pensamento, cultura e educação também.
Será mesmo que esse símbolo representa a Educação Física?! Ou mostra a alienação que tanto o sistema vem impondo e as pessoas cada vez mais se entregam a essa opressão?!
Os anéis não representam só o esporte de alto nível, representam o distanciamento que as pessoas possuem da realidade; distanciamento que tanto esconde a fome, as doenças, as desigualdades sociais e que além de tudo vem distorcendo a imagem da Educação Física para o ser que sua e não pensa.
Marcius Fuchs


Minhas visões

Faço esse blog para mostrar minhas visões e lutas pessoais e sociais que venho fazendo ao longo da minha entrada ao movimento estudantil.
Críticas são sempre bem vindas...

Essa foto foi vencedora do "Prêmio Pulitzer", foi tirada em 1994, mostra uma criança rastejando contaminada no campo das Nações Unidas e o corvo esperando a sua morte para comê-la.
Nada se sabe sobre a criança, nem do fotógrafo Kevin Carter, que assim como o mundo inteiro, se chocou com a foto. Após tirá-la deixou o local, e três meses depois suicidou-se!
Até onde iremos com isso?Até quando continuaremos insistindo nesse erro?